Van Hattem acusa Moraes de ‘trair’ princípios democráticos que defendia em 2017

Em defesa de Carla Zambelli, que teve pedido de prisão decretado, parlamentar publicou vídeo nas redes sociais no qual resgata julgamento realizado há quase oito anos

| JOVEM PAN / UANABIA MARIANO


2ª Sessão de trabalho dos Presidentes das Comissões de Relações Exteriores. Dep. Marcel van Hattem (NOVO - RS) / Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
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O deputado federal Marcel Van Hattem (Novo-RS) divulgou um vídeo nas redes sociais em que critica duramente o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Na gravação, o parlamentar resgata trechos de um julgamento de 2017, em que o próprio ministro defendia posições contrárias às que adota atualmente, segundo Van Hattem. O foco do vídeo é a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5526, julgada em outubro de 2017. À época, Moraes argumentou que parlamentares só poderiam ser afastados do mandato em caso de prisão em flagrante por crime inafiançável, conforme prevê a Constituição.

Van Hattem sustenta que o ministro ignorou esse entendimento ao decretar a prisão preventiva da deputada Carla Zambelli (PL-SP), sem flagrante, sem crime inafiançável e sem trânsito em julgado. Para o deputado, a conduta atual do STF — sobretudo a de Moraes — representa um “estado de exceção” e a supressão de garantias constitucionais históricas. “Foram quatrocentos anos de história ignorados, pisoteados”, declarou.

No vídeo, Marcel Van Hattem exibe trechos em que Moraes cita pensadores como Roscoe Pound, John Locke e o juiz norte-americano Louis Brandeis para sustentar a defesa da independência entre os Poderes. As mesmas referências são utilizadas por Van Hattem para acusar o ministro de abandonar princípios que, no ado, dizia defender. Segundo o parlamentar, decisões monocráticas e colegiadas têm substituído a vontade do Legislativo, “comprometendo” o princípio da separação dos Poderes.

O deputado também criticou o que chamou de “censura”, “perseguição política” e “violência institucional” contra parlamentares oposicionistas. Ele relatou ter sido alvo direto dessas ações e afirma não ter tido o integral aos autos dos processos que o envolvem. Van Hattem ainda citou o apoio do líder do PT na Câmara, deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), e do procurador-geral da República, Paulo Gonet, à prisão de Carla Zambelli como indício da consolidação de um suposto “Consórcio Lula-STF”.

Ao encerrar a publicação, o deputado pressionou pela instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (I) para investigar as ações do Supremo e pediu que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), atue para restaurar o equilíbrio entre os Poderes.



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