Dourados
Dia de Campo na Expoagro apresenta tecnologias e atrai mais de 200 produtores
| DOURADOSNEWS / CHARLES APARECIDO


A 59ª Expoagro segue movimentando o Parque de Exposições João Humberto de Carvalho, em Dourados, e nesta quinta-feira (15) o destaque ficou por conta do Dia de Campo Ateg Horticultura. A ação é promovida no Projeto Fazendinha, espaço do Sindicato Rural em parceria com o Senar/MS, e apresenta tecnologias que prometem transformar a produção de pequenos e médios agricultores da região da Grande Dourados.
Ao longo da manhã, centenas de produtores visitaram oito estações tecnológicas com temas como automação no cultivo de morango, produção de hortaliças em sistemas hidropônicos e semi-hidropônicos, cultivo de abacaxi e mandioca no sistema mulching, entre outras inovações.
De acordo com Darlan Flauzino, supervisor de campo do Senar, o evento não só reuniu caravanas de Dourados, Caarapó, Angélica e outros municípios, como também consolidou o papel do Projeto Fazendinha na difusão do conhecimento no campo.
“Temos mais de 220 produtores aqui conhecendo tecnologias para a horticultura e fruticultura. O Projeto Fazendinha tem um viés interessantíssimo, que é disseminar conhecimento. O emblema do projeto mostra um trabalhador rural com uma caneta nas costas, e não uma enxada. Isso simboliza que o produtor precisa aprender, estudar, além de trabalhar na terra”, explicou.
Darlan destacou ainda que a organização começou em janeiro para que as culturas estivessem prontas para demonstração. Ele também comentou sobre o uso de drones e automação na agricultura como caminhos para resolver gargalos como a escassez de mão de obra.
“Temos oito estações hoje, com tecnologias como o uso de drones na fruticultura, automação para controle via celular, cultivos com mulching, que reduzem em até 80% a necessidade de capina. São soluções práticas e íveis para melhorar a produtividade”, completou.
Entre os visitantes, produtores de diferentes cidades vieram em busca de soluções técnicas que possam ser aplicadas diretamente nas propriedades. É o caso de Rafael Corrêa, produtor rural e professor de educação física em Vicentina. Ele participa pela terceira vez do evento e já colhe os resultados em sua produção.
“Viemos em comitiva para observar novas técnicas de manejo. Já tivemos um salto de 300% na produção de banana depois que aplicamos o que aprendemos aqui no ano ado. Com apoio do Senar, conseguimos melhorar irrigação, manejo e até a parte de comercialização”, relatou.
Rafael também comentou sobre os desafios enfrentados por produtores de cidades menores, como a comercialização individual e a dificuldade em contratar mão de obra. Mesmo assim, ele segue otimista.
“Minha ideia agora é dobrar a área plantada com banana e batata-doce. Espero que até o fim do ano a gente consiga um retorno financeiro de até R$ 250 mil com o aumento da produção”, projetou.
Quem também aproveitou a manhã foi Mônica Aparecida Vargas, produtora rural há 14 anos em Glória de Dourados. Ela produz alimentos orgânicos e entrega para programas e escolas locais. Durante o evento, Mônica se interessou especialmente pelas técnicas de cultivo no sistema mulching.
“A gente chegou cedo e já viu de tudo: milho verde, pitaya, abóbora, pimentão, goiaba […] Estou achando tudo muito produtivo. Eu produzo no chão, de forma orgânica, mas quero muito implementar o mulching, porque ajuda na conservação do solo, facilita a limpeza e ainda preserva os micro-organismos. É algo que pretendo aderir futuramente”, afirmou.
O Dia de Campo segue ao longo da tarde com a participação de mais de 280 alunos de escolas agrícolas. Segundo a organização, essa divisão entre produtores e estudantes foi pensada para garantir melhor aproveitamento do conteúdo por públicos com perfis diferentes.
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