Janeiro Branco: Psicólogas destacam importância do cuidado com a saúde mental

Lethicia Bogue e Daiana Leal dizem como superar os desafios do início do ano

| TOP MíDIA NEWS/CARLA ANDRéA


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O Janeiro Branco, mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, surge como uma importante oportunidade para quebrar tabus e estimular a reflexão sobre o cuidado emocional. Psicólogas de Campo Grande, Daiana Leal e Lethicia Bogue, falaram ao TopMídiaNews como a campanha pode promover diálogos abertos e ajudar a sociedade a enfrentar os desafios emocionais que surgem especialmente no início de um novo ano.

Para Daiana, a principal contribuição da campanha Janeiro Branco é dar visibilidade ao tema da saúde mental. 'A campanha visa abrir espaço para conversas sobre a saúde mental, o que facilita a quebra de tabus. Porém, a mudança nos estereótipos sobre o tema é um processo contínuo, já que ainda existe muito estigma sobre buscar ajuda para questões emocionais', destacou.

Janeiro é o primeiro mês do ano, e marca o começo de uma nova jornada acompanhada de expectativas, mas também por desafios emocionais, como frustrações com o que não foi alcançado no ano anterior e a pressão para cumprir resoluções de Ano Novo.

Daiana explicou que a sobrecarga de cobranças, tanto internas quanto externas, pode afetar profundamente a saúde mental. 'Muitas pessoas chegam a janeiro sobrecarregadas, com metas não cumpridas do ano anterior e a necessidade de recomeçar com novas metas. Essa pressão muitas vezes gera ansiedade e estresse', afirmou.

Ela sugere que, para lidar com as pressões do novo ano, as pessoas ajustem suas expectativas à realidade e se permitam estabelecer metas realistas. 'É importante ser honesto consigo mesmo e reconhecer que o processo de mudança deve ser gradual e respeitar o seu ritmo', aconselhou

Já Lethicia destacou que a psicologia oferece ferramentas para que as pessoas desenvolvam hábitos saudáveis ao longo do ano. 'A psicoterapia é fundamental para identificar padrões de comportamento prejudiciais e ajudar os indivíduos a adotar práticas que promovam o bem-estar psicológico', explicou. 

Para ela, o autoconhecimento é essencial para a construção de uma saúde mental sólida e equilibrada.

Quando buscar ajuda profissional?

Ambas as psicólogas alertam para os sinais de que alguém pode precisar de ajuda profissional. Daiana explicou que o 'prejuízo' é o principal indicativo de que algo não está bem. 'Quando alguém percebe que suas emoções ou comportamentos estão afetando negativamente sua vida, seja no trabalho, nos relacionamentos ou na saúde, é hora de procurar ajuda', afirmou.

Lethicia destacou que sinais como baixa autoestima, tristeza constante, isolamento social e comportamentos excessivos (como consumo de álcool ou alimentação desregulada) são alertas importantes de que a pessoa precisa de apoio profissional.

Superando a vergonha de procurar ajuda

Uma das maiores barreiras para muitas pessoas é a vergonha ou resistência em buscar ajuda psicológica. As duas profissionais concordam que esse sentimento é normal, mas precisam ser superados.

'Buscar ajuda é um gesto de autocuidado. Assim como cuidamos de feridas físicas, precisamos cuidar das feridas emocionais', afirmou Daiana. Lethicia reforçou que a terapia deve ser vista como um ato de coragem. 

Práticas simples, mas eficazes, também são recomendadas para promover o bem-estar psicológico de todos. 'Respire fundo, pratique o autocuidado, seja gentil consigo mesmo e dedique tempo a atividades que tragam alegria. Essas práticas ajudam a manter a saúde mental equilibrada, independentemente das crises', concluiu Lethicia.

Para Daiana e Lethicia, a saúde mental é a base para uma vida equilibrada e saudável. 'Nossa mente influencia nossas emoções e comportamentos. Cuidar da saúde mental é essencial para nossa qualidade de vida e para lidarmos com os desafios diários', afirmou Daiana. Lethicia complementou: 'Cuidar da saúde mental é tão vital quanto cuidar do corpo. Ambos são interligados e fundamentais para o bem-estar integral.'

Onde procurar ajuda?

Para quem mora em Campo Grande, ambas as profissionais estão disponíveis para atendimentos nos telefones (67) 98168-8938 (Lethicia) e (67) 98152-6409 (Daiana).

Mas quem prefere atendimentos gratuitos, a UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Mundo) e os CAPS (Centros de Atenção Psicossocial) oferecem sessões, mas com algumas regras.

Oferecido pelo Serviço Escola de Psicologia (Sep), em parceria com a Liga Acadêmica de Psicologia da Saúde, na UFMS, os atendimentos são realizados de segunda a quinta-feira, das 9h às 10h30, e na sexta-feira, das 7h30 às 10h30 e das 13h30 às 16h30.

Os interessados devem comparecer ao Sep, que fica ao lado do Instituto Integrado em Saúde, no setor 2 da Cidade Universitária, com entrada pela Avenida Costa e Silva. É necessário apenas levar um documento de identificação.

Já nos CAPS, a SESAU (Secretaria Municipal de Saúde) explicou que os atendimentos funcionam 24h, com acolhimento e consulta do paciente em crise.

Para os casos de atendimento ambulatorial, o paciente pode se dirigir a unidade de referência da região onde mora e, ao ar pelo acolhimento, informar que deseja um encaminhamento a um psicólogo, ou buscar o próprio CAPS.

Chegando lá, ele ará por uma escuta qualificada e, em caso de crise, já poderá ar por consulta com psicólogo ou psiquiatra. Mas se não for esse o caso, será agendada a consulta para uma data mais breve disponível. 

A frequência das consultas será determinada através da conduta adotada pelo profissional que atende o paciente, assim como o tempo que ele será atendido na unidade.



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