Itaporã
Itaporã: Rota alternativa para chegar a Dourados após rodovia ser bloqueada
O bloqueio na rodovia entre Itaporã e Dourados continua nesta manhã de terça-feira.
| ITAPORAMSNEWS.COM.BR



Indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru bloquearam a MS-156 na manhã desta segunda-feira (25). A interdição ocorre na rotatória de o à reserva indígena, na saída para Itaporã, no trevo com o anel viário, em frente à construtora Planacon, e no o ao Hospital da Missão Evangélica Caiuá.
Os moradores cobram medidas concretas para resolver o problema da falta de água. Milhares de famílias sofrem com o desabastecimento e precisam usar água de córrego poluído por agrotóxicos para cozinhar, matar a sede e lavar roupas.
Uma das rotas para chegar a Dourados seria pela estrada de terra ao lado do cemitério, na saída para o distrito de Montese, que dá o ao distrito do Panambi. Os motoristas seguiriam pela estrada e, logo mais à frente, após uma subida, pegariam à direita, seguindo por mais ou menos 400 metros até um pé de jaca. Entrariam à esquerda e chegariam ao distrito de Panambi, onde seguiriam as placas para sair em direção a Dourados.
A segunda rota seria pela rodovia que a ao lado do cemitério, sentido distrito de Montese, ando por Piraporã, chegando a Douradina e seguindo as placas até Dourados.
Para quem segue viagem a Maracaju, o melhor itinerário é seguir sentido a Itahum e virar no local conhecido como Placa do Abadio, na MS-162. Já o desvio de Itaporã para Dourados seria pelo distrito do Panambi. Essas rotas aumentam, em média, 30 km do trajeto normal.
O capitão Ramão Fernandes, da aldeia Jaguapiru, afirmou ao Dourados News que a rodovia permanecerá fechada por tempo indeterminado. Segundo ele, o problema da escassez de água atingiu um ponto crítico. “Sofremos com a falta de água há mais de cinco anos, mas agora chegou a uma situação insustentável. Os animais estão morrendo de sede e nossas famílias não têm o básico para viver. Fechar a rodovia é nossa última alternativa para sermos ouvidos”, desabafou.
Promessas não cumpridas
De acordo com Fernandes, medidas paliativas, como o envio de caminhões-pipa, não são suficientes para resolver o problema. “Ontem mandaram três caminhões-pipa para cá, mas isso é só para nos enganar temporariamente. Nosso objetivo é a perfuração de poços artesianos, que é a única solução definitiva. Dessa vez, não vamos aceitar promessas vazias. Queremos um contrato assinado garantindo a perfuração dos poços e, enquanto isso, o envio diário de água”, afirmou.
O líder indígena também expressou a frustração da comunidade com a falta de ações concretas das autoridades. “Já bloqueamos a rodovia outras vezes, e sempre prometeram resolver, mas depois de um mês de caminhão-pipa, nos abandonaram novamente. Agora, não vamos abrir mão até que o compromisso seja formalizado.”
Bloqueio total e por tempo indeterminado
Diferentemente de protestos anteriores, em que a pista era liberada em intervalos regulares, desta vez o bloqueio é total e contínuo, sem previsão para liberação. Fernandes destacou que o movimento será mantido dia e noite. “A pista vai ficar fechada direto, sem abrir nem um minuto, até que sejamos atendidos. Vamos amanhecer aqui se for preciso”, garantiu.
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