Bobadilla, do São Paulo, é indiciado por crime de injúria racial contra Navarro, do Talleres

Jogador do Tricolor prestou depoimento nesta quarta-feira, no DOPE

| GLOBOESPORTE.COM / BRUNO GIUFRIDA E LORENA ORTEGA


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O volante Damián Bobadilla, do São Paulo, foi indiciado pelo crime de injúria racial contra o jogador venezuelano Miguel Navarro, do Talleres.

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Bobadilla prestou depoimento à Polícia Civil nesta quarta-feira, após ter sido intimado. Rodrigo Correa Baptista, delegado do DRADE (Delegacia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva), explicou que o jogador do São Paulo não apresentou nada que mudasse o rumo das investigações.

– Ele compareceu, esclareceu todos os pontos que foram questionados, mas os elementos realmente recaem contra ele.

– A versão da vítima é corroborada por outras testemunhas. Ele não apresentou nenhuma testemunha que pudesse afastar a credibilidade que temos das outras testemunhas, jogadores do Talleres. Então, por esse motivo ele foi indiciado pelo crime de injúria racial – disse o delegado.

Segundo o depoimento de Navarro, Bobadilla disse que ele era um "venezuelano morto de fome". Casos de xenofobia são enquadrados como crimes de racismo pela legislação brasileira. Ao ge, depois de prestar depoimento, o volante do São Paulo negou a versão do jogador do Talleres.

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Agora, o inquérito policial será finalizado para que o caso possa ser levado adiante, como explica o delegado.

– O inquérito está em fase final de tramitação. Concluindo o inquérito, ele (inquérito) é encaminhado ao poder judiciário. O Ministério Público toma conhecimento dessa investigação e pode promover uma ação penal contra ele (Bobadilla). É uma acusação que o estado faz de processar uma pessoa no poder judiciário. Aí é a segunda etapa. A primeira é com a polícia, a segunda é com o poder judiciário e o Ministério Público – concluiu.

Pelo lado de Navarro, foram ouvidas as testemunhas Lautaro Nahuel Bustos e Marcos Ezequiel Portillo, ambos jogadores do Talleres, que presenciaram a ofensa realizada pelo atleta do São Paulo.

Além deles, o árbitro Piero Maza Gomez, e os policiais militares que conduziram o venezuelano à delegacia do estádio, Wellington Rodrigues dos Santos e Rodrigo Simplício, apresentaram suas versões.

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O São Paulo, de acordo com o delegado do caso, apresentou imagens para corroborar a defesa de Bobadilla.

Vale lembrar que o volante pode ser suspenso de competições organizadas pela Conmebol. Além disso, casos de xenofobia são enquadrados como crimes de racismo pela legislação brasileira. Apurado, o delito prevê pena de dois a cinco anos de reclusão.



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