Região
Polícia investiga morte de bebê após aplicação de dipirona em hospital de Paranaíba
Família denuncia negligência médica e polícia investiga possível reação à Dipirona; hospital aguarda laudo do IML para esclarecimentos
| JOTA FM / REDAçãO JOTA FM 99.5


A Polícia Civil investiga as circunstâncias da morte de uma bebê de 9 meses, ocorrida na noite da última terça-feira (29), na ala de Pediatria da Santa Casa de Misericórdia de Paranaíba. A menina veio a óbito após a aplicação de um medicamento injetável, identificado pela família como Dipirona. O caso gerou grande comoção e revolta, sendo comparado a outros episódios similares registrados em diferentes regiões do país.
O sepultamento aconteceu na tarde de quarta-feira (30), no Cemitério Municipal, em clima de forte emoção. Familiares, visivelmente abalados, cobraram respostas e clamaram por justiça.
Segundo a mãe da bebê, Letícia, o primeiro atendimento aconteceu dias antes, quando a criança apresentou febre após tomar vacinas de rotina, incluindo a da gripe e a dose dos nove meses. Na terça-feira, com o agravamento do quadro febril, ela retornou à unidade de saúde por volta das 13h30. “Fizeram exame de sangue, urina, raio-X. Deram Dipirona na veia e, segundo a médica, os exames estavam bons. Mas decidiram internar mesmo assim”, contou a mãe.
Letícia relata que, horas depois, já na preparação para a internação, uma enfermeira teria aplicado uma nova medicação. “Ela aplicou o remédio e, no final da injeção, minha filha simplesmente olhou para o lado, escorreu uma lágrima e teve uma parada cardíaca”, descreveu, em prantos.
A bebê foi levada às pressas para a sala de emergência, mas não resistiu. A mãe afirma ter sido informada do falecimento mais de uma hora após o ocorrido. Segundo ela, os médicos pediram que os pais assinassem um documento autorizando exames que identificariam a causa da morte, sob a ameaça de que o óbito seria registrado como 'morte por influenza' caso se recusassem.
Repercussão e investigação
A comoção se transformou em indignação quando familiares alegaram tentativa de coação e omissão por parte da unidade hospitalar. “Minha sobrinha só foi para o IML porque registramos o boletim de ocorrência. Senão, nem isso teria acontecido”, relatou um tio da criança.
A Santa Casa informou, por meio do diretor clínico, Dr. Pedro Eurico Salgado, que aguarda o resultado da autópsia, feita pelo Instituto Médico Legal (IML), para só então tomar medidas istrativas. “É um caso muito triste. O sofrimento da família é imenso. Se houve imprudência, será cobrado. O hospital não iniciou investigação interna ainda, pois depende do laudo pericial”, disse o médico.
Casos semelhantes no país
Embora não existam dados nacionais consolidados sobre mortes causadas pelo uso de Dipirona injetável em bebês, diversos casos isolados vêm sendo registrados e repercutidos pela mídia, apontando para a necessidade de maior cautela na istração do medicamento, especialmente em crianças pequenas.
O vídeo divulgado pela família, com duração de 6 segundos, mostra a bebê sentada no berço pouco antes da injeção, aparentemente tranquila. As imagens reforçaram a comoção nas redes sociais.
Justiça e prevenção
Familiares afirmam que o objetivo agora é evitar que tragédias semelhantes se repitam. “A filha da minha sobrinha ninguém trará de volta. Mas precisamos lutar para que outros pais não em por essa dor. Não podemos aceitar que vidas sejam perdidas por erros médicos”, disse um dos tios, emocionado.
A Polícia Civil continua apurando o caso. O laudo do IML, que deverá esclarecer as causas da morte, será fundamental para o prosseguimento das investigações.
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